O Ruslan veio da Ucrânia para Portugal em Outubro de 2002, onde cresceu junto da sua família, frequentou a licenciatura em Engenharia de Telecomunicações e em 2020, o seu caminho cruzou-se com a AMT, onde pertence ao núcleo de Tech.
Começou o ano de 2022 com muitas expectativas pessoais e profissionais. Tinha uma viagem planeada para Março à Ucrânia para ver a família, tal como regularmente faz, mas no dia 24 de Fevereiro aconteceu o inesperado, a Rússia invade o seu país.
Apesar da sua família estar longe das zonas de conflito (Lviv) e contactar diariamente com ela, não se sente mais tranquilo, porque a guerra pode chegar a todo o lado. O seu pai e os seus tios têm todos menos de 60 anos, ou seja, não podem sair do país, podendo ser recrutados para guerra.
O Ruslan esperava um conflito, mas jamais algo desta dimensão. Segundo a previsão da Rússia, seria uma invasão de 3 dias para desmilitarizar a Ucrânia, mas já vamos no 26º dia da guerra. Esta resiliência e patriotismo do povo Ucraniano fez o Ruslan sentir-se orgulhoso de ser ucraniano, que perante um inimigo superior e sem moral, continua a resistir e a combater o inimigo.
Partilha ainda que, nas duas primeiras semanas foi bastante difícil concentrar-se com as notícias constantemente a chegar, aumentando a preocupação constante. Por outro lado, o trabalho passou a ser um escape para tentar esquecer em parte o que está a acontecer.
Atualmente, há a possibilidade de ajudar à distância através da entrega de bens a quem mais precisa, caso o queiram fazer, podem sempre consultar aqui.